terça-feira, 15 de maio de 2012

O elo entre mente e corpo



No hemisfério sul, o inverno se aproxima, época de mudanças bruscas de temperatura, que gera estresse e desgaste para o corpo que, se não estiver sendo bem cuidado e saudável, pode adoecer. Este é o período em que os consultórios médicos lotam; gripes e resfriados, além de complicações mais sérias, sinalizam que alguns organismos não estão dando conta, através do seu sistema imunológico, de se defenderem como deveriam de intrusos (nesse caso,vírus e bactérias).

Nosso organismo é um todo integrado, não poderíamos viver apenas com uma parte dele; nesse sentido, não se pode, nem se deve relegar a segundo plano o funcionamento ou o mal funcionamento de um órgão ou sistema. Quando uma das partes não está bem, deveríamos olhar para o todo e entender o que esse sintoma pode estar nos sinalizando. Os sintomas devem ser vistos como  uma forma de o organismo se manifestar e, se não escutamos esses pedidos, logo somos obrigados por meio de um sintoma mais “grave” a repousarmos e cuidarmos do nosso corpo. Ao entendermos o “recado” do nosso corpo e ao fazermos uso dessa aprendizagem corporal, poderemos estar muito mais integrados, usando nossas experiências para nosso crescimento. O corpo fala uma linguagem que às vezes levamos uma vida inteira para entender, quisera que nós pudéssemos aprender esse idioma enquanto existe possibilidade de comunicação.

No Chile, Dra. Adriana Schnake, hoje uma senhora de 84 anos, médica e Gestalt-terapeuta Chilena, desenvolveu há algum anos uma forma de trabalho psicológico com foco na comunicação entre as partes desse complexo todo que é nosso organismo. Nesse vídeo, ela conta o que considera mais importante nesse enfoque.

Clique aqui para ver o video no youtube ou acesse o link:
http://www.youtube.com/watch?v=ql3jd0Rdhwo

 Tradução do vídeo:
 “Para mim, as doenças, os sintomas são uma mensagem do corpo. Uma expressão do corpo que, se a entendemos, nos ajuda a poder sermos melhores, a poder nos aperfeiçoarmos, a entender algo que está nos acontecendo, como os sonhos, como as mensagens dos sonhos. Se brigarmos com elas e nunca nos darmos conta do sentido que tiveram para aparecerem, é possível que se repitam e persistam tratando de nos mostrar que o que ocorre é um desequilíbrio. Que existe algo em nós que não está em ordem e equilibrado. Bom, e que  o organismo não pode fazer a  verdadeira homeostase  e está pedindo auxílio. Um órgão que diz  “não estou bem”, “há uma parte tua que não está sendo bem tratada” ou  está em desequilíbrio. E essa parte tem a ver com o todo, com a pessoa que tu és, e então deixá-la e tratá-la de fora como um inimigo é uma das piores coisas que pode ocorrer. Isso seria o mais básico deste enfoque para mim.”
-Adriana Schnake* (responsável pela criação e desenvolvimento do Enfoque Holístico da Saúde e da Doença)

* Dra. Adriana Schnake é Médica, Psiquiatra e Gestalt terapeuta chilena, tem quatro livros publicados (em espanhol) em que relata a criação desse enfoque, assim como estudos e casos clínicos e a experiência que desenvolve num centro no sul do Chile, onde dedica sua vida a difundir esse método revolucionário, o elo entre a psicologia e a medicina, o elo entre mente e corpo. Dra. Schnake é presidente honorária da Associação Gestáltica de Buenos-Aires e de Córdoba, membro honorário da Associação Espanhola de Terapia Gestáltica. Também é reconhecida pelos países que falam língua espanhola, como uma das figuras mais relevantes da Psicoterapia Gestáltica.

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