No hemisfério sul, o inverno se
aproxima, época de mudanças bruscas de temperatura, que gera estresse e
desgaste para o corpo que, se não estiver sendo bem cuidado e saudável, pode
adoecer. Este é o período em que os consultórios médicos lotam; gripes e resfriados,
além de complicações mais sérias, sinalizam que alguns organismos não estão
dando conta, através do seu sistema imunológico, de se defenderem como deveriam
de intrusos (nesse caso,vírus e bactérias).
Nosso organismo é um todo
integrado, não poderíamos viver apenas com uma parte dele; nesse sentido, não
se pode, nem se deve relegar a segundo plano o funcionamento ou o mal
funcionamento de um órgão ou sistema. Quando uma das partes não está bem,
deveríamos olhar para o todo e entender o que esse sintoma pode estar nos
sinalizando. Os sintomas devem ser vistos como uma forma de o organismo se manifestar e, se não escutamos
esses pedidos, logo somos obrigados por meio de um sintoma mais “grave” a
repousarmos e cuidarmos do nosso corpo. Ao entendermos o “recado” do nosso
corpo e ao fazermos uso dessa aprendizagem corporal, poderemos estar muito mais
integrados, usando nossas experiências para nosso crescimento. O corpo fala uma
linguagem que às vezes levamos uma vida inteira para entender, quisera que nós
pudéssemos aprender esse idioma enquanto existe possibilidade de comunicação.
No Chile, Dra. Adriana Schnake,
hoje uma senhora de 84 anos, médica e Gestalt-terapeuta Chilena, desenvolveu há
algum anos uma forma de trabalho psicológico com foco na comunicação entre as
partes desse complexo todo que é nosso organismo. Nesse vídeo, ela conta o que
considera mais importante nesse enfoque.
Clique aqui para ver o video no youtube ou acesse o link:
http://www.youtube.com/watch?v=ql3jd0Rdhwo
http://www.youtube.com/watch?v=ql3jd0Rdhwo
Tradução do vídeo:
“Para mim, as doenças, os sintomas são uma mensagem do corpo.
Uma expressão do corpo que, se a entendemos, nos ajuda a poder sermos melhores,
a poder nos aperfeiçoarmos, a entender algo que está nos acontecendo, como os
sonhos, como as mensagens dos sonhos. Se brigarmos com elas e nunca nos darmos
conta do sentido que tiveram para aparecerem, é possível que se repitam e
persistam tratando de nos mostrar que o que ocorre é um desequilíbrio. Que
existe algo em nós que não está em ordem e equilibrado. Bom, e que o organismo não pode fazer a verdadeira homeostase e está pedindo auxílio. Um órgão que
diz “não estou bem”, “há uma parte
tua que não está sendo bem tratada” ou
está em desequilíbrio. E essa parte tem a ver com o todo, com a pessoa
que tu és, e então deixá-la e tratá-la de fora como um inimigo é uma das piores
coisas que pode ocorrer. Isso seria o mais básico deste enfoque para mim.”
-Adriana Schnake* (responsável pela
criação e desenvolvimento do Enfoque
Holístico da Saúde e da Doença)
* Dra. Adriana Schnake é Médica,
Psiquiatra e Gestalt terapeuta chilena, tem quatro livros publicados (em
espanhol) em que relata a criação desse enfoque, assim como estudos e casos
clínicos e a experiência que desenvolve num centro no sul do Chile, onde dedica
sua vida a difundir esse método revolucionário, o elo entre a psicologia e a medicina,
o elo entre mente e corpo. Dra. Schnake é presidente honorária da Associação
Gestáltica de Buenos-Aires e de Córdoba, membro honorário da Associação
Espanhola de Terapia Gestáltica. Também é reconhecida pelos países que falam
língua espanhola, como uma das figuras mais relevantes da Psicoterapia
Gestáltica.
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