A
construção de um espaço para se pensar e discutir as decorrências psicológicas
relacionadas ao adoecimento surgiu há 4 anos, dentro de um Instituto de
Psicologia Clínica, referência na abordagem Gestáltica no estado de Santa
Catarina. Contaremos um pouco da nossa história para contextualizar o
desenvolvimento de um trabalho pioneiro no Brasil que é fruto de uma ideia
coletiva, muita dedicação, práticas e estudos, e buscas por referências dentro
e fora do Brasil.
Em
abril de 2008, foi criado um projeto no Instituto Müller-Granzotto de
Psicologia Clínica Gestáltica, tendo por finalidade reunir profissionais,
especialistas em Psicologia Clínica na abordagem Gestáltica, para pensar uma
forma de se dedicar à demanda por atendimento psicológico a pacientes em
tratamento oncológico. Esse projeto foi coordenado pela Psicóloga Maria Teresa
Mandelli e participaram da equipe: Ana Carolina Seara, Fabiana Büchele, Gizeli de Souza Aguiar,
Lydiane Soares, Maria Balbina Gappmayer, Rafael Zunino e Tamara Emerim Guerra.
Alguns meses depois, a partir de muitos estudos sobre o tema e experiências
clínicas, o projeto, então chamado “Gestalt-oncologia: um lugar além da doença”,
foi apresentado para a comunidade. Seu objetivo era o de ser uma proposta de
trabalho psicológico para dar suporte ao enfrentamento das transformações
emocionais e físicas e promover um lugar onde o paciente pudesse encontrar
outras possibilidades de vivenciar esse momento, elaborar o luto relacionado às
perdas relativas ao adoecimento, entre outras questões que pudessem surgir. Essa
proposta tinha como objetivo atender à demanda para trabalho em grupo e
individual com pacientes diagnosticados com câncer.
Após
algumas reconfigurações, em julho de 2010, o projeto foi encerrado. Nesse momento,
foi realizada uma avaliação na qual foi constatado que a procura por esse
trabalho acontecia mais para o atendimento individual, e uma avaliação do grupo
de trabalho evidenciou alguns pontos importantes para a finalização do projeto
nessa configuração.
Dando
sequência à ideia inicial do projeto, duas terapeutas da equipe apresentaram um
trabalho, relatando a experiência desse grupo de trabalho e propondo outras
possibilidades no Gestalt em Ato (atividade teórico-vivencial, gratuita e
aberta ao público, com o objetivo de ser um espaço de discussão e trocas
relacionadas a temas atuais pertinentes à prática clínica). A partir dessa experiência, o projeto foi
renomeado para: Gestalt-oncologia - a construção de um caminho, ficando sob a
coordenação de Ana Carolina Seara e Maria Balbina de Magalhães Gappmayer
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No
próximo post, contaremos um pouco mais sobre a construção desse novo caminho.
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